terça-feira, 5 de abril de 2016

Da árvore incendiada


Não é muito a noite escura
Mas sofre-me nessa soltura
Revendo a descompostura
A tempo rever-se criatura.

Entre várias cores apagadas
Que na manhã vinda alastra
A ver mais distante a lonjura
A desprender-se da lápide.

Quem pode viajar a galáxia
Se aqui mesmo se desertifica
Na colheita do não plantado?

Somando acima de cada ego
A esperada forma de postura
Se o solo inda não criatura...

sergiodonadio.blogspot.com

editoras: Scortecci, Saraiva. Incógnita (Portugal) Amazon Kindle(EEUU) Perse e Clube de Autores

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