quinta-feira, 7 de abril de 2016

De perto tudo é feio?
Não consigo ver
O que não olhei de perto,
Não amassei com as mãos,
não percorri com os pés...
Cada tento passou longe
De meu intento, assim posso arguir
Do tempo o queme foi esse relento...
Não consigo ver o que não olho
Nesse horizonte de olhares...
Todas as vezes em que o porto parte,
despede-se de meus atos,
Molha lacrimados olhos perdidos
nessa área difusa entre
A saudade dos passados
E o sonho dos amanhãs...
Hoje, talvez esteja cego,
não consigo ver o que não toco
nem consigo mensurar
o que não entendo...
O tempo tem esse tom de desbarato,
embora seja a única realidade
ante tantos sonhos,
Não posso almejar o que
Nunca será, por já ter sido.
sergiodonadio.blogspot.com
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