terça-feira, 3 de maio de 2016

Alheados
Passam operários, suas pressas
De apressarem-se derrotados...
Mas, em verdade, tudo passa,
Como o som que se apaga
Na oportunidade de se calarem
Esses meninos de whatsapps...
Que te parece, Dona Maria?
Todos alheados ao tempo?
Parece alheiam-se aos fatos:
Passam carros com sons altos...
Passam bancários, suas gravatas,
Em plena praia de maré alta...
Gritos de febre, sinais de farsa...
Alheios ao tempo estamos todos
Nesse balburdio de querer viver
Num só dia toda uma vida...
Inda não feita por merecer.
sergiodonadio.blogspot.com
editoras: Scortecci, Saraiva.
Incógnita (Portugal)
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Perse e Clube de Autores

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