sexta-feira, 22 de julho de 2016





Leio no poema


Ao pé dos olhos atentos
Espio a vida pelo veio...
Quando leio o poema
Expio a vida de permeio.

Esta página abriu-se nele
Tantas mazelas, algum zelo...
Olhando os olhos molhados
É impossível não sabê-los.

Segredos ditos à moita
Ao pé dos olhos desatentos.,
Por doer de fato prevê-lo.

Enquanto leio, folheio...
Expia a vida por alguém
Que não veio.













Demudes


O anteontem de mim
Se anima,
Seu futuro calvo e branco

(de um brejo d’alma)
Respira o ar condescendente
Dos amanhãs.

O anteontem de mim
Briga
Pela verdade esquecida.







                        Inerente



A todos os tijolos
Cobertos pelo limo,
Que nos une.

O anteontem de nós
Surpreende-se
Com a amplitude de futuros (incertos)
Redesenhados no note book,
Demudando brejos
Em amanhãs.

















                         A boina


Era quase um estorvo,
De lã para os dias frios,
Tinha-a como
Se tem saudade,
Sem querer.

Sem querer guardá-la
Pelos dias quentes,
Sem pensá-la moda,
Nem era novidade.
Era quase um estorvo...

Nesse frio de rachar
Que falta me faz
A boina e a saudade,
Guardadas a contragosto

No final de agosto.

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