sexta-feira, 5 de agosto de 2016

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Perse e Clube de Autores


Trocaicas


Os homens espiam,
As mulheres se exibem...
Assim é desde sempre,
Homens caçadores,
Mulheres caçadas...
Mas essa geração
Está mudando a ordem
Milenária, sectária?
Mulheres se tornando
Caçadoras vorazes
Assustam o instinto macho
Do prêmio caçado.





Custo benefício


Todos nos compramos por dinheiros...
Precisamos de dinheiros unhados...
Assim é a ordem societária.
Uns precisam do suor da face,
Dos calos do cansaço das horas...
Outros precisam de ternos escuros
E palavras... Palavras... Palavras...
Todos se achando mal pagos.
Menos os advogados, alguns médicos,
Uns calculistas de prancheta,
O resto é salarista, se acabando aos poucos, da saúde física à moral,
Todos se perdem ao final das vidas,
No fim do dia todos têm seu preço,
Os mais novos menos remunerados...
As garotas e garotos que se vendem
Valem menos que sua paga...
Isto faz parte das nossas mentiras
Onde a verdade se cala.




Alvorada


O dia começa quando acordamos...
São três horas da manhã,
Ainda é ontem o hoje passado a limpo...
Amanhã só será amanhã
Quando eu quiser que seja,
Não antes,
Não quando o sol amanhece
E os madrugadores saíram das tocas,
Mas, quando me levanto e o jornal
Já se deteriorou na água da noite
As notícias que eram novas...
Somos todos assim,
Vivendo nossos próprios umbigos
Enquanto o mundo se contorce
Em suas assumidas dores...
Para as quais não se pode fazer nada,
Além de tocar um tango,
Como diria Bandeira.




Equiparações


O amor,
Assim como a dor,
Quando vem pela primeira vez
Confunde
O receio de que seja verdade...
O amor,
Assim como a dor,
Se espalha pelo corpo e alma,
Dá as mãos ao amado,
Se enrosca, se atrapalha,
Seja o amado ser humano
Ou cavalo.
O amor
Não distingue sexo, idade, gênero,
Ou equidade...
Apenas transforma o ser
Em bondade.









Vamos deixar claro
Que o tempo escraviza o fraco.
Vamos deixar claro
Que o poder empodera o forte
E o faz senhor da gualde.
Vamos deixar claro
Que à obrigação só é obrigado
O consciencioso,
O desobrigado nega
Seu poder de fardo.
Vamos deixar claro
Que a gente pode empreender
O rastro sobre cada passo
Desiderando cada outro passo
Para cada rastro involuindo daí
Para o cansaço
Que de escuro baste.






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