domingo, 18 de setembro de 2016

Até que provem o contrário


Tudo que se diz é verdadeiro?
Sendo assim, os ovos de páscoa
São ovos de coelhas...
Os presentes de Papai Noel
Estão nas meinhas na janela...
O próprio ladrão perde-se na razão,
O juiz o manda soltar por não ver crime
Nisso de pôr fogo em pessoas...
Se tudo é desmentido!
Mas a vale a pena correr o risco
E perder vidas ao prender vidas?
O que rouba bilhões paga multa!
O que mata paga cesta básica!
Só é preso o menos covarde,
Que roubou o saco de feijão...
O outro, embora delatado,
Sempre vai dizer que não.






Ao sol dessa manhã
Do livro observatório

Com dois pesos, e, talvez,
Duas medidas, os não criadores
Serão criaturas se inibem expectativas
Com todas as idas e algumas vindas...
Se todas as ações têm começo e fim,
Não importa o que vem para mim...
E o que vai de mim?
Todas as ações um fim,
Depois do jogo, depois da missa,
Depois da radioterapia...
Dos queimados faz-se uma lista,
Abreviada, enfim, amanhã
Acordaremos novos, eu e você,
E essa coruja em volta, perdida
Como a mariposa na luz...
Mas a luz se apagará com o novo sol
Surgido na manhã, a mariposa
Será liberta, com as asas queimadas,
Mas liberta dessas dores
Desérticas.

sergiodonadio.blogspot.com
Editoras: Scortecci, Saraiva. 
Incógnita (Portugal) 
Amazon Kindle, Creatspace
Perse e Clube de Autores







Eu também seria múltiplo,
Não fosse tão singular,
Como esses outros, iguais...









Navego bem na água rasa,
Em outra geração
Devo ter sido pirata...











No tempo do mal olhado
Pensavam que preguiça
Fosse quebrando, a ser
Benzido e curado...






Pena leve ao predador


Quando as penas
Se soltam na brisa
Dessa decisões

Indecisas...

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