quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Nas águas do temporal


Quando as águas desobedecem
Afogam-se detritos e meninos,
Confundem-se coisas e abrigos
A um cão passeando sua fome,

Nesta lixeira que deixou-se levar
Nessas imensas águas temporais
Habitações perdidas nas beiras
Retratam a fragilidade rasteira...

Confundem-se nessas incertezas
Das violentas águas temporais,
Levadas muradas e betoneiras...

Quando as águas desobedecem
São gentes cuidadas feito coisas,
São coisas cuidadas feito gentes...


sergiodonadio.blogspot.com
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