quinta-feira, 12 de janeiro de 2017


Descubro-me em cada verso


Descubro-me em cada verso,
Lenhador ou lenhado…
Encontro-me aqui, na esquina
Entre o pensar e o escrever.
Sujeito à dor de ter vivido
O tempo passado ser,
Trago no peito a palavra
Vencida pelo cansaço.
Trago na mente indolor
Este torpor de viajado…
Trago no gesto o que sou,
O universo em um átomo.
Procuro-me nas frases soltas,
Nas horas percebidas ser,
Somos pares,
Intimamente ligados,
Eu e este nó na garganta,
Envergonhados.





Moirejo


Alguns passos lentos
E o velho inda moireja…
Tropeça na indecisão
De ir-se ou voltar a ser-se…
Aqui as coisas relembram
Sobrevindos frágeis
Às ideias de seus ideais.
Todos foram embora,
Cansados de esperar
Pela lida mais leve…
O velho não, o velho
Continua com sua pá
A procurar o veio,
De ouro ou água,
Nessa planície deixada
Para trás.

Sergiodonadio.blogspot.com
Editoras: Scortecci, Saraiva. 
Incógnita (Portugal) 
Amazon Kindle, Creatspace
Perse e Clube de Autores









Olhando esse céu aberto,
Pensas que tudo é teu?
É que nele se perdeu…








Dizes que o menino
É um caso perdido…
Ao menos oferecestes

Um abraço amigo?

Nenhum comentário:

Postar um comentário