quarta-feira, 10 de maio de 2017

Os sins de cada sílaba


Do silêncio do gato
Ao latido do cão
Os sons de cada sílaba
Têm personalidade.
Vale dizer-se uivada,
Vale pensar-se grave…
O som de cada sílaba
Faz o ritmo da frase,
Encolhe-se à passagem,
Alonga-se à nova imagem,
Bate em paredes e volta
Com nova roupagem
A cada leitura, ou crase,
Se mostra nua à imagem.
Será preciso outra voz,
Aguda ou grave,
Para se sentir do som
Sua real necessidade.





Na indigência da estiagem


A estiagem, na indigência,
Machuca olhos cansados
De esperar clemência,
De olhar os longes
E pensa-los menos distantes.
A estiagem pesa aos ombros
O partir-se em tantos…
Ao olhar de frente a espera
Quem sabe o tempo
Inda erra…

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A dor,
De quando dói,
Não deixa saudade,
Vem e vai… Foi.
Sem saber d’onde
Começou doer ou
Desde quando
Não foi…
Já era…




















Às coisas que voam,
Pombas, nuvens,
As tardes dos dias,
Dou minha palavra:
- Alegria!

Às coisas plantadas
Nessa argila,
Couves, tomates, vidas,
Dou minha dor:
- Imerecida.
















A dúvida
Sempre me foi
Uma certeza:
Não querer continuar
A subir montanhas
Ou descer abismos…
Apenas nesse planalto
Me sinto.
Assim me sei duvidoso
De mim…
















Peso de outono


O chão está forrado
De folhas secas…
Parece que
Não as havia tantas
Quando floradas
Verdes…

















Expedição


Dos pedaços de sonhos
Acordo-os quebrados
Em cacos desiludidos…
No escuro desentendo
De não os ter lido bem,
Como deveria…
De risos respirados
Às lágrimas contidas,
Recolho algum sentido
Dos pedaços dos sonhos
Deflacionados em fios
De passado nítido e
Escuros defasados…
São peças da vida
Que não se ligam
À parte concebida
Entre envilecidos…
Das noites sem dormir
Os pedaços se unem
E desço ao expedido.



Estresse


No escuro fluxo de mágoas,
Essa seiva de pinheiro velho
Posta a queimar à distância...
-Frutos de sujo candeeiro?

Sois vós que vejo primeiro,
Conheço as crias mal criadas,
Do mesmo ferro que ferroa
Sei a quem aponta o dedo,

Cadinhos por quase nadas...
A mãe a prostrar-se em vida,
No amparo esquecida cedo!

Saudando a mãe em pecado
Deixando a mãe doutro lado
Do muro estresso em erros.



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