quinta-feira, 8 de março de 2018





O tempo vivido
É o rascunho da vida,
Passado a limpo





Das asas e das palavras


Nós, que não temos asas,
Voemos com as palavras…
O céu é o infinito a ambos,
Asas e palavras avoadas…








Ilhas de nadas


No faz de conta
Dos grandes viajores
A paz de uns guerreia
A paz de outros…
Haverá continentes
Além das enseadas
Ou ilhas de nadas?
No faz de conta
A vida permeia fases
E se abre… Entreabre
Sobre meninos ventos
E meninas serelepes…
E eventos passagens
De tantos arvores…
Para nada.











Entre as plantas a colher
E as plantas a plantar
Há um vazio de verão
Num calo de bem estar…








Em algum lugar
No seu tempo
Há uma estação
Desativada…







Apelos


As luvas
Deixadas na cadeira vazia
São a presença tardia
Dos adeuses…
Que não se vão as pessoas
Cujas mãos socorreram,
Os socorridos não são
Tão fortes…
Que não se desolhem
Das fileiras as premências,
Elas não são tão serenas…
Que tempo é este
De gritos por socorro
No silêncio dos passantes,
Ausentes?









Nenhum comentário:

Postar um comentário