sábado, 14 de abril de 2018



Uns vencem pela aparência,
Outros apesar dela…













A paz que nos governa



A paz que nos governa
Chega ao avesso,
Urrando suas forças
Entre crianças assustadas…
Fazendo voar as pombas
E esconderem-se os gatos…
A paz que nos governa
Expressa nessas togas
Ameaças veladas sobre
Madrugadas sombrias
Estendendo votos
E críticas aos devotos…
A paz que nos governa
Por nervosa expia.















Poderes


Se pudesse
Daria mais atenção
Às pequenas realidades
De meus sonhos…
Se pudesse,
Não voltar, mas refazer
Os momentos desfeitos
Pelo tempo…
Se pudesse
Sorriria aos meus medos
De ontem, anteontem,
Que o tempo esclareceu.
Mas não posso,
Além de lembrar a saudade,
Refazer cada passagem,
Então está na hora
De contentar-me
Em sorrir das situações
Chorosas de ontem.











Índole


Sou o predador!
O que faz campanhas de preservação
Enquanto devasso ao redor.
Sou o que admira
O canto dos passarinhos avoados
Mas os prendo engaiolados…
Me encanto com as cores das flores
Mas as decepo…
Sou o que fere, transgrede,
Regride ao estado troglodítico
Enquanto me vanglorio defensor!
Invejo o voo do pássaro,
A agilidade do peixe,
A beleza selvagem do felino,
Mas combato todos
Com minhas prisões sem grades,
Neste torvelinho.


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Vives soçobrando
Sonhos de partir
Por medo de
Cada chegada…












Consciências intranquilas


As mentiras do passado
Se tornam verdade
Por falta de testemunha…








De mãos vazias


Coração carregado…
Se tiveres vivido cem anos,
É uma vida!
Mas,
Cada minuto é uma vida…
De mãos vazias
Através desses tempos
Vividos entre minutos
De espanto.
























A palavra
Que se desata ao vento
Mas permanece
No pensamento
Talvez explique o inexplicável
Momento da poesia
Tomando forma
Entre as ideias
Vestindo cada sentimento
Com luxuria ou santidade
Este momento.



















Por isso estamos aqui


Talvez o cheiro
Do café no bule
Ou do último perfume…
Por isso estamos aqui?
Entre a paz de ser
E a guerra de ter sido
Extremamente útil
À inutilidade em siso
Por isso estamos aqui,
Entre os soluços
Do mais recente choro
E o susto e o riso
De sobreaviso…
Estamos aqui por isso,
Que é o viver-se
Sem precaver-se
Do prejuízo.
















Daquela vida vinda
Olvidada por decerto
O silêncio emana
Só o eco…












Das mantras que me ensinaram
Uma afeta e me assombra:
Velha cantiga, que homens passam
E não deixam sombra.





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