quinta-feira, 7 de junho de 2018





O cantar do galo
Amanhece o dia,
Pronto para
Tristeza ou alegria...








Mesmo que entorne
Um copo bebedamente,
Não se admite bêbado
Esse demente...










A paz que senti
Ainda há pouco
Resvala no discernir
De um louco...







Todas as verdades
Não esclarecidas
Formam este cordão
Que inverte a vida...











Encontramos-te, amiga,
Neste lauto almoço
Vendo que te corrói
O tanto, que te é pouco...








Neste mundo da paz de conta
Tanto faz à frente da parada
Quanto à parada da frente...








A recortar os passos


Estranhamente me vejo
Armando o regresso...
Os ontens obstinados
Em voltar a ser-me.
Quantos passos
A medir o tempo,
Quanto tempo
A recortar os passos...
Uma ventura é a memória
De ter sido jovem, maturo?
Apenasmente vivido
Nesse espaço














As cicatrizes
Não são belas imagens,
Mas são provas
De sobrevivência!





Dos planos que fiz
E dos que desfiz
Interessa que
não me perdi.










Achegamentos 


O menino
Que cultivo em mim,
Apesar dos anos,
Faz-me bem à saúde
A mente se trabalhando...
Crio,
Além dessas mal traçadas linhas,
Sonhos. Sonho,
Além do criado dia novo,
Novos desafios.
Aqui me encontro e desencontro,
Sei-me frágil para novas caminhadas.
Talvez não me saiba apto,
Ou inepto, apenas sei-me...
Como não me sabia antes
Desses atravancos do tempo
Em minhas pernas e minha coluna,
Cansados da labuta,
Mas feliz por ter-me aconchegado
A este ponto, antes porto de partida,
Agora aportando minhas raízes
Neste porto de chegada.




Descubro que
Não é preciso cair
Para se levantar...







O que tem
Pra se dizer
Quando já se disse
O por que?

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