Temos mantido o tempo pomar verde
À custa de excertos de vazões diárias
Das sujas águas ribanceiras velhas.
Como seremos de manhã, bem cedo?
Espreitando no espelho essa ressaca
De um tempo que vivemos e que era,
Olhos pesados, bocas ardendo sais,
Uma dor difusa passeando os dedos
Por rotas iludidas dos desejos que
Não teremos mais, nem de placebos,
Nem de memória a lembrar os ais.
Como seremos amanhã ao espelho
A dor de câimbras passeando nervos,
Se nem a memória nos alegra mais?
quinta-feira, 6 de maio de 2010
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