Perspectivas
Na primeira
década do século produziu-se mais conteúdo de fatos novos que em toda história,
segundo o Whatsapp. Quando se analisa os dados históricos conclui-se que
tivemos progresso. Embora aparentemente sente-se um retrocesso, o mundo
melhorou sua condição de habitabilidade humana. Segundo dados oficiais a média
de mortes por guerras foi um quarto das mortes ocorridas na segunda metade do
século passado, apesar da guerra civil na Síria ter alterado a passividade com más notícias, as vítimas de atentados são
2 % das mortes violentas, tendo uma diminuição de 3% segundo dados da OMS, o
planeta está mais habitável. Na saúde o número de mortes de pessoas até 5 anos
de idade caiu pela metade. Epidemias são controladas com mais presteza. O
acesso à informação ajuda a salvar vidas. Os fatos mudam com muita rapidez nas
previsões temporais, mas os fatos mais perenes, às vezes, passam despercebidos
por toda vida. Muitos desses fatos são cacos da história, para amortecer o
impacto tem de esperar seu finalmente. Por outro lado, política e
financeiramente nós brasileiros retrocedemos na última década, pagamos por
erros históricos que nos colocam como país do futuro indefinidamente... Mas
temos que reconstruir o otimismo com os recursos que essa terra nos oferece.
Somos um povo forte, embora vivendo um sistema injusto. Entremos no novo ano
com a vitalidade de desbravadores frente aos descalabros dos choques entre os
poderes. Enquanto o executivo promete, e não cumpre, austeridade, o legislativo
discute picuinhas sobre usurpação do erário, deixando engavetados os verdadeiros
projetos para sair da crise que nos impuseram. O judiciário, na figura do
Supremo Tribunal, envergonha-nos pela sua passividade ante tais descalabros
anuindo e avalizando atos escusos, inviabilizando qualquer corrente política a
conseguir confiabilidade para consertar o estrago. Os ardis em favor dessas
manobras estão sendo percebido, o que é benigno para o futuro ano eleitoral,
dificultando o ilusionismo frente à massa, provedora do bem ou do mal, elegendo
seus pares segundo cada lábia. Num tempo premente de aliviar o peso tributário,
a burocracia gastadora ameaça aumentar tal custo, sufocando o cidadão que
produz, sendo empresa ou não. É auspicioso que em todo nosso continente o
caudilhismo esteja perdendo espaço, com essa geração crítica e racional que
pode influenciar positivamente na mudança para melhor.
Da primeira década do século aprendamos a ser otimistas,
virando o olhar para as ações positivas mundo afora, como internamente o
processo de aprisionamento de usurpadores do erário, que estão sentindo na pele
o peso da justiça, e nos fazendo sentir na alma o alívio da juridicidade
aplicada ao mais aquinhoado. Lembrando a resposta do Ministro da Islândia,
perguntado se lá não tinha corrupto: “Tem, mas estão presos”. É disso que
precisamos, a luz no fim do túnel, escuro no momento, mas auspicio
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