O PODER DE DIZER NÃO!
Dizem que os países democráticos têm mais liberdade, sim...
A temos, mas para que a temos? Para eleger nossos representantes nos
legislativos e executivos espalhados pelo país. Mas, quanto esses poderes são
poderosos? Se as decisões que mais afetam nossos dia a dias vêm de outras
esferas? Quem elege o presidente do banco central? Quem elege os presidentes
dos tribunais? Indo mais longe, quem elege os banqueiros que impõem o custo aos
produtores e o preço final de cada produto? Quem elege os parceiros comercias
de nossos rincões? Assim a democracia é meio que uma “bancocracia” ou alguém
duvida que o custo financeiro das empresas é maior que a folha de pagamento dos
trabalhadores dessas empresas? Que o gerente, seja do banco ali da esquina,
seja do banco mundial, do FMI, mandam mais no cálculo do que o custo fixo das despesas
ou o variável, dos insumos? Quanto custa no cálculo dos insumos os custos
financeiros do fornecedor? Quanto custa na folha de pagamento no inicio do mês,
liberada pelos bancos? Quanto custa o custo financeiro embutido no transporte,
quando quase todos os meios, os caminhões, estão financiados pelos bancos? Não
adianta muito o cidadão ter o poder de eleger seus representantes se eles não
representam nada no custo diário dos eleitores para sobreviver ao famigerado
poder do dinheiro!
Reputo como engraçado, não fora trágico, a preocupação dos
jornais com o juro atuado pelo banco central, variando meio ponto para cima ou
para baixo, em torno dos dez por cento AO ANO, quando qualquer cidadão devedor,
quase todos nós, paga aos bancos esses mesmos dez por cento AO MÊS! Sei que há
ofertas a um ou dois por cento para certos clientes, mas a grande arapuca é a
oferta dos cartões de crédito, dos limites especiais, dos encargos que embutem
em qualquer “estouro” no saldo da conta corrente, além dos juros tem as taxas,
quase invisíveis a cálculo nu, mas que elevam em muito o custo de cada cliente,
as tarifas para se abrir e manter uma conta corrente... Para isso, que muito
interessa, desvale a democracia. A palavra gasta pelo mal-uso, vem de nossa
língua mãe, mas o mau uso compromete a intenção. A república atual está se
distanciando da sua primeira acepção: o governo no interesse do cidadão, de
todos, independente do tipo de governo, deveria ser gerido pela soberana
vontade do povo, isto é, da res pública “coisa pública”, que os romanos
implantaram 500 anos antes de Cristo, com a deposição do rei, para ouvir o
povo, a democracia, que tornou Roma numa
vasta expansão territorial, caiu de podre no ano 27 a .C. quer dizer que
sobreviveu mais de 400 anos, deteriorou-se e voltou a ser um império, ou seja,
a ser governada de modo imperioso, que um dos sinônimos pode ser arrogante.
Lembrando que a nossa república, foi proclamada em 1889, diga-se de passagem,
pelos militares, é preciso que cuidemos melhor de sua passagem para a maturidade,
e, que não deixemos que apodreça nos desvãos dos poderes paralelos, não
elegidos mas verdadeiros mandatários da vida corrente de um país.
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