Num sábado
qualquer
Pelo frio da
madrugada
Surgiu um parceiro
alegre
E lhe ofereceu
chinaski,
Pela sua tanta
força
Fê-la beber a
discórdia
Como fora só groselha...
Ela bebeu e
embebedou-se
Pela hora do parto
E foi-se dela o
senso
Da responsabilidade,
Daí a explicar o
porquê
Nascem pessoas, ou
cavalos,
Feras indomadas
Num mesmo patamar
De ferocidades...
Porque a cegonha
está bêbada
Neste frio de
madrugada...
O pintainho no ovo
Não é um pássaro,
É um estorvo...
De manhã desejamos
dias melhores,
À tarde
condolências pela morte anunciada...
Coisas da idade
Cada dia que passa
O pé fica mais
longe
Para calçar a
meia...
Vou acordando a
vida
A cada sonho
alertado agora,
Quem sabe inda
reviva
A infância que foi
embora...
Eloendros
A soma das idades
Toma conta do
sorriso
Da outra hora...
Soluça um amargo
Riso forçado no
olhar
Saudoso das
esperas...
Só conta eloendros
Entre espinhaços
E fossas extintas
Na soma dos
sorrisos
Das idades idas...
A casa do sol
nascente
A princípio não
entendi
Que alegria não
era felicidade,
Era um momento de
alarde...
A casa da luz
vermelha,
Que não se apaga,
O tempo da luz
vermelha,
Que se alarga,
Descalça meninos
Com pressa de
serem homens
E se tornam
panacas...
Transformam
meninas
Em piratas,
Lugares fétidos viram
casas
Como pacós
xenófobos
Criam suas asas.
Muros altos
Velhos muros
carcomidos
Pelos tempos não
vividos,
Estórias de mares
escuros,
De nuvens formadas
de giz...
Distraído
Passou o dia,
Que passou o ano,
Que passou a vida
De engano em
engano...
embora forças me
deixam
continuarei
teimando
em caminhar minhas
aras
ante portas que
fecham...
primeiramente
segunda mente,
terceira mente...
quem desmente?
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