pire
A vida é esta caverna
De tempos imemoriais,
Donde trouxemos desenhos
E formas descomunais.
É esta fonte pendurada
Nos estalactites que somos
A gotejar estalagmites
Disformes...
Das eras de pedras lascas
Às eras de perdas laicas
O que somos mais que fósseis
Desses memoriais?
Apenas o que caçamos...
E se cassamos demais
Seremos tanto humanos
Quanto animais.
A vida, esta caverna,
É só um momento a mais
Nesses dentes afiados
De caçar.
aleivosias
É hora de sentar-se
Frente o próprio eu, dialogar com ele,
Ouvir dele a aspiração das verdades...
Talvez absolutas, talvez tardas,
Mas presentes nesta hora
De sentar.
Nesta hora de meditar
É tempo das sinceridades, de olhares
Fixos na expressão do rosto,
Este num espelho fosco
De mentiras antigas, quase verdades,
Mas inda podres.
É hora de soltar-se
Do aleive necessário antes,
valorizar o instante, quando ruborizam
as faces envergonhadas
e posam sorrisos esmaecidos
pelo juízo.
domingo, 17 de abril de 2011
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