exumação
Os cachos dos cabelos
Reaparecem
Ah... seria bonito
Não fora funesto...
Mas é preciso alçar
O caixão à tona
E buscar os ossos
Partidos em tantos,
E puxar trapos podres
Das guirlandas
E soltar dos cabelos
Os apetrechos de antes.
Agora agregados
Seremos parceiros,
Menina dos cabelos
Encaracolados...
Que já não sabe
Cuida-los nem pretende,
Que são vastas outras
Inúbias prementes
Feliz ano novo
O que a vida traz de amargo
Se levado a sério?
A morte de chita, a macaca
Do Tarzan já morto há tempos?
O câncer de Cristina, a presidente?
A posse de Jader na indecência?
O lento esquecimento?
O que amarga o momento
De passagem de ano novo?
O calor excessivo para o dia...
A mão que tricota as verdades
Esquecidas...
O que vida traz de amargo
Não deve ser levado a sério.
esvaeceres
Olhas o olhar de sede,
Olhas o olhar de fome...
Mas não entendes
Meu olhar de crítica
Ao teu olhar conforme.
Meus sapatos rotos,
Minhas calças sujas,
Os braços encardidos...
Mas não queres ver
Meu franco sorriso.
A maldade guardada
Entre os bons sentidos
Esvaece nas mágoas
De um tempo ter sido
Motivo de saudade.
Tens o olhar de sede
No olhar de fome...
Mas não entendes
Que a mágoa consome
Teu melhor motivo.
domingo, 1 de janeiro de 2012
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