quarta-feira, 5 de setembro de 2012
entemente
O presente é a realidade.
Não nos furtemos de realizá-lo
Plenamente.
Amanhã ninguém sabe
Nem saberá porque amanhã
Será o presente do depois.
Assim caminhemos de mãos dadas,
Visto a impossibilidade
Caminhemos de pensamentos dados...
Ouçamos a madrugada
Com suas promessas para o hoje.
Esqueçamos ontens...
Deliberadamente, que incuráveis.
Não nos apressemos para próxima
Madrugada.
Somemos nossas idéias.
Se possível nossos ideais...
Surfemos nesta água límpida
Que filtramos
Das horas mais banais,
Porque todas as horas são
Instantes revividos ou não
Dos outros relembrados,
Nada mais.
Pensemos agora o agora.
Ontem já se cicatrizou, amanhã
Não sei a hora.
Pensemos o presente como razão
De viver os amigos, os filhos,
A paz de poder vê-los assim
Maduros, assim sinceros,
Assim tratados, não como erros,
Mas como sonhados.
Curtamos esta hora das monções,
Estamos em plena primavera,
Mesmo que não.
Depois não sabemos da viagem,
Se podemos zarpar ou não
De nossos portos abafados
De compromissos inadiáveis.
Somos o que a terra chama de sal
A temperar esses momentos
Atualmente válidos entre
os que passaram e os que virão...
A passar por nós... ou
Sobre nós, apressadamente
Esquecidos de sorver exemplos,
Se...
Aqui somamos nossos males,
Aqui somamos nossos olhares,
Aqui somamos nossos falares.
A academia pode esperar,
O prioritário é respirar o agora
Com suas manias de flanar
Suas verdades inda não ditas,
Esperadas emergir.
Assim somemos nossas verdades
Que nossas mentiras afogarão
Em mágoas e mornarão inanimadas
Se...
Pincemos com o coração sem mágoas
A mente limpa de lembranças...
A memória de só saudade.
A esperança é o agora,
Que amanhã será o
Agora de amanhã.
Pensemos assim a mesma água
Correndo o mesmo chão
A meares de aguadas,
Sem outra solução, senão
A de correr o sempre,
Alhures.
Assim somos,
A água que vive pelos veios
E não se acaba neles.
A verdade que advém do enleio
Que não veio.
A paz das guerras acabadas.
A paz não se acaba,
A paz é eternamente grata
À nossa convivência
Dos presentes, ativos, falhos,
Externamente ridentes,
Mesmo que ausentes.
Nesta hora somemos as saudades
Quer a vida comece outra vez
A cada idade.
A cada passo da água rumo ao nada.
A cada passo de mim
Para mim mesmo.
Consolidam-se aqui a verdade
E as mentiras sedimentadas, todas
Num mesmo cimentado piso
Que servirá aos advindos de nós,
Uma vez amparados nisto
De sorrir ao imprevisto.
O presente é a realidade,
Não nos furtemos a realizá-lo.
Pensemos agora o agora.
Ontem já se cicatrizou, amanhã
Não sei a hora.
Depois veremos o depois.
Pensemos assim a mesma água
Correndo o mesmo chão
A meares de aguadas,
Sem outra solução, senão
A de correr o sempre,
Alhures.
Pincemos do coração as mágoas
A mente limpa de lembranças...
A memória de só saudade.
A esperança do agora ficto,
Que amanhã será o
Agora de amanhã.
Maduros, assim sinceros,
Assim tratados, não como erros,
Mas como sonhados.
Curtamos esta hora das monções,
Estamos em plena primavera,
Mesmo que não.
A paz não se acaba,
A paz é eternamente grata
À nossa convivência
Dos presentes, ativos, falhos,
Externamente ridentes,
Mesmo que ausentes.
Nesta hora somemos as saudades
Quer a vida comece outra vez
A cada idade.
A cada passo da água rumo ao nada.
A cada passo de mim
para mim mesmo.
Se consolidam aqui a verdade
E as mentiras sedimentadas, todas
Num mesmo cimentado piso
Que servirá aos advindos de nós,
Uma vez amparados nisto
De sorrir ao imprevisto.
Fácil assim ensinar açodamentos
Sem a razão de cumprir os tentos
Prometidos antes desta hora.
Façamos nossa hora, mesmo falhos
Que, como dizia Millôr:
“Viver é do caralho!”
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