domingo, 7 de outubro de 2012
O preciso retorno
Para que país viajamos?
Das forças industriárias?
Das fraquezas morais?
Verdade é que se move
Esta locomotiva secular
Nos mesmos trilhos
Com cargas diversas
De tempos outros, atrás...
Atrás das cinzas estão
Soterradas as pessoas.
Importa donde vieram,
Se vamos juntos agora?
A marcha forçada é
Uma prece de retornos.
Pisamos nossas pegadas,
Pois estamos voltando..
Para nossos lugares,
Donde partimos lesos
Com a esperança,
Pronde voltamos pegos,
Desesperançados.
Preciso acordar agora,
Antes que tarde
O preciso retorno.
cansaços
Os olhos se cansam de paredes,
Os membros se revoltam,
A dormência avança sobre gestos,
Pernas que se dobram,
Braços que acotovelam quando
chamados à urgência dos atos.
Importa saber o próximo passo
Sobre tantas pedras afiadas,
Tentando alcançar a areia fofa
Da decisão: Ir ou voltar ao ponto
Da partida sórdida de antes
Da premonição das dores?
As preces são atendidas agora,
Até mesmo as do ateu que
Vivia em ti antes da fé pela dor.
Estaremos juntos depois,
Na última etapa de viver.
Para este passo estamos aqui.
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