segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Cortinas abertas
A alimentar o vento forte
Abro as cortinas par a par.
Estou deitado numa cama
Do tempo antes, a esperar
Que me acolha os medos
E embalance os nervos
De ouvir rosnar o vento
Meu pouco sono sonso,
Como um cão e sua fome
De roer meu tempo osso.
Resfriado nesse tempo ido,
Menino estou, febril e oco,
São turbulências do tempo
Voando às cortinas rotas
De quando sonhava olhares.
Entre os pesares de passar,
Embora pouco, sou-me
Saudade dos meses frouxos...
Alienado agora neste vento,
Embalanço ventos outros.
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