quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
estancados
O vento sopra em voz alta
Nos pingentes da porta...
Sininhos badalam vazios
Em resposta, é o frio chegado
Lá pelas seis da tarde,
Trazido pela voz grossa
De um vento furioso...
As coisas da sala se fecham
A medo, pelo tom do vento.
Também eu fecho meus medos,
Cerro as janelas, as portas,
O coração pulsando forte...
A medo de seu poder azedo
De também mandar os ferros...
Ferrolhos batem nervosos
Numa assombração de elos
Que se partem nesse gelo...
São sete já, pinhões quentes,
Chá fervido, uma espera
Pelo desacontecido antes,
Agora só ameaça estanque.
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