segunda-feira, 1 de abril de 2013
Mais que beber
Mais que beber
A jarra desse vinho,
É sucinto não beber o sangue
Vertido na moagem dele, da uva,
Da terra donde foi gerado...
Mais que beber é preciso absorver
O encanto que faz a cabeça
Do bebedor desse vinho girar,
Que se separa de sua sombra,
Que continua sóbria,
Para viver a aventura de
Beber-se Sozinho, sem a mácula
De arrepender-se, depois de sarado,
Das peripécias ditas e feitas
No correr das loas envenenadas
Pelo álcool desse vinho,
Desidratado em seu corpo frágil,
Deitado à sua sombra, esperando
Passar o acre sabor na boca
Azeda das infensas malogradas.
O vinho bebido é esta escada
De subir ou descer mágoas,
Antes escondidas...
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