quarta-feira, 8 de maio de 2013
E agora?
Vide a fragilidade da pessoa
Frente ao momento de estar
Morrendo... Seu temperamento
Talvez seja de aceite, Mas é
Sua vida que se esvai, porra!
Quem pode mais nessa hora?
Ela olha para o vazio pensando
O quanto tinha bebido demais,
O quanto tinha sorrido de menos...
Mas agora é o de menos pensar...
Apenas a espera é angustiosa
Porque demora mais o tempo
De espera real, pelo resultado,
É muito mais lenta que a outra
Daqueles exames costumeiros
Ou de antes, na corriqueira,
Pelo pudim no banho Maria
De um fogão a lenha seca...
Quem já viveu isto sabe bem
O que é esperar... Esperar...
Quando esperar é rotineiro
Não demora, Mas quando
A dúvida é se vive ou morre...
A pessoa não quer esperar,
Definha-se nessa de espera,
Vivenciando a dor que espera,
Pensa findar tudo ali mesmo,
Mas em pé ao lado seu amor
Implora atenção para a colher
De sopa o remédio para a dor...
De que vale o remédio à dor
Se dor é efeito e não causa?
E a fragilidade via crescendo
E tomando conta da pessoa
Estendida na cama branca,
Rodeada de favores e louvor
A pessoa não entende como
A vida pode ser tão frágil...
Resvalando na penúria de
Morrer-se antes. E agora?!
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