quarta-feira, 8 de maio de 2013
instante
A cada instante
Que me passam os passos que não dei
E ainda ensaio,
Talvez seja a planura de meus atos,
Que ferem a sombra
Que me põe ilhado.
Em minha própria terra degredado.
Quanto faz falta
Aquele moço que fui, tímido,
Mas ao mesmo tempo atirado,
A correr as vias que desconhecia,
Tendo por bússola uma idéia fixa
De arrombar costumes e
Apagar os passos
Para retornar ao leito de nascido
E ser recebido
Com o mesmo abraço,
Se não de amigo,
Da mãe tranqüila,
Que repousa em outro céu desmembrado.
Leio em sua campa a alegria
De me ver retornado.
Estou aqui a pedir a bênção
E o perdão por ter me afastado.
Estou aqui, sem aquela sombra.
Somos nós dois agora
Do mesmo lado.
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