quinta-feira, 6 de junho de 2013
Em torno
Fiquemos juntos,
Que a noite é fria,
De ventos e interesses.
Demo-nos as mãos
Que as almas se unirão
Outra vez...
É preciso racionar os gestos,
Para que não pereça na demora.
Nos odiamos agora, neste momento,
Em que a raiva sobe às ofensas
E põe em risco a beleza
De conviver...
Fiquemos juntos,
Que juntos nos defenderemos
Dessas feras e suas ferezas
Humanas. Assim poderemos
Ceder à vontade, outra vez
Deixada sumir na mágoa...
Fiquemos aqui,
Que lá fora o vento
E a estranheza
Fazem de nós reféns
Das vontades
Alheias.
Incursão
No mesmo cobertor relvado
No alto das falésias beira mar,
Protegidos de ondas embaixo,
Uma voz levanta ameaçadora
Com palmas de mãos freando
O que seria a voz desse povo.
Quem vem lá doutro mundo
Dizer regras de sorver a fé?
No relvado pespegado agora
Afoitamente mãos mostram,
Não um gesto de boa vontade,
Uma ordem! Quem dirá não?
Se todas as armas são calosas
Palmas pacíficas desabituadas?
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