Acarinhos
A paz que não
cabia
Naqueles dias
feros
Agora prefacia
Contagiando
O fim de erros...
Acomodou-se mão
Que esbofeteava,
O grito que
Amedrontava,
A fúria...
A paz que não
cabia
Acaricia...
Sombras
A sombra
Na manhã do dia
Parece-se contigo,
ereta,
Palmilha entre as
flores
E a sarjeta a
alegria
De manhã de dia...
No fim da tarde
A mesma sombra
Não reage, apenas
desce
Ajoelhada em
cansaço
A espera breve
Que se ponha o
dia...
Os medos que tive
Eu tive medos
E suprimi-os um a
um,
Levantando os punhos
Enfrentei-os
todos.
Mas os medos
São teimosos e
voltam
Sob outra forma
De medrar o eixo.
Antes os tive
Ante sombras
leves,
Fantasmas doutros
Momentos
penados...
Em seguida os tive
Por escuros breves
Dedicando-me
A enumerá-los.
Agora os tenho
Entre as cobertas
Tremendo as dores
Entrevadas neles
Por isso os medos
Não sossegam não,
Sabem que a
ancoragem
Vem na contramão.
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