Revoos
Enquanto revoam os pombos
Descubro que minhas asas
São pesadas demais e sei-me
Pregado a este chão de pedras
Enquanto voam dos pombais
Esses belos seres da natureza,
Sinto-me peado e sonolento
Para ver essa linda redondeza.
Sonhando por tanto o jamais
Coloco-me entre rastejantes
Curtindo o sol dos expirantes,
E os barcos indo e voltando
Trazem notícias dos longes
Donde somos equidistantes.
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Primeiros ninhos
A poesia é meu pecado principal,
Imito os pássaros cantantes
Plagiando seus chilreios
Na minha palavra diletante
Quando espreito a força
Do que não veio.
Neste acompanhamento torço
Os versos cantados no terreiro
À força esses poéticos cantadores
Ensinam-me a voz do enleio
Entre gritos escravos doutros seres,
Esses, que batalham seu celeiro
Desde a mãe natureza em seu seio.
E lá fora continuam os passarinhos
A construir cantares
Em seus primeiros ninhos.
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