Pardieiro
As passagens bíblicas
assustam,
Parece se repetirem a cada
ato,
Inútil a sombra das
arapucas…
Emergindo a cada desagasto,
Um Caim para cada irmão Abel
Na linha turva das
negociatas.
Cobras ofertantes não falta,
Têm todas as maçãs, das
doces
Ao gosto forte das amargas…
A estupidez genérica
espanta
Ao tato compressões
digitadas.
Quem se pode salvar da
oferta?
Agora o santo, o que nada
sabe,
Volta ao noticiário onde a
bíblia
Se repete nos judas de cada
fase…
Todos se sentem imunes à
esse,
Ensinado temer, não
respeitado,
Nesses tempos por “dinheiro”,
Além das sobras e dos
retalhos
A força vil desse metal se
impõe,
São trinta dinheiros nessa
babel.
Desforra-se aqui o mendigo,
que,
Em não tendo tanto se
contenta
Com as moedas nesse
pardieiro.
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