Desajeitos
“Os
amargos da vida não contam”.
- Disse-me
o sábio Araujo.
Perdi-me
nas incongruências
Do dia a
dia, naqueles minutos…
Aqueles
minutos não valem tanto,
Além de
cada exato minuto.
Depois…
Ouço uma música,
Penso um
poema… Como um brioche
Mas não
pulo a cerca, a contorno!
Sigo umas
pegadas na areia
E me
distraio com elas
Pulando
amarelinhas enquanto
Baixa a
glicose, na ameaça diabetes…
Canso as
pernas, ergo a cabeça,
Vejo ao
longe o sol se pondo
A ensinar-me
vencer a tristeza:
Fechar os
olhos ao escurecer
Das
sombras desse arrebol…
Depois,
bem, depois acendo a luz,
Volto a
reler um livro relido
Que me dá
chance ao apelo
De me
descontrair a fronte
E essas
rugas de zelo.
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