Juízes
do tempo
Somos
juízes de um tempo oco,
Com a
mesma podridão dos tocos...
Alvejamos
os mais fracos,
Por indefesos,
Cultuamos
os mais fortes,
Pelo medo...
Somos,
então, maus juízes
De nós
mesmos, levados
Ao extremo...
Da dor
é que nasce o amor,
Do amor
fenece a dor...
Assim
é que nos julgamos sábios?
Então,
por que tantos descalabros?
Onde estão
nossas razões
Nesse
tempo vãmente?
Onde pendurar
nossos
Chapéus
autoritários?
O fórum
das moendas,
Mais justiçado
que o da toga!
Como juízes
desse tempo oco
Nos bastamos
Em nossos
sonhos vagos...
De resto
o que aflora
Fica lá
fora,
Entre
a névoa e o sol
Posto...
sergiodonadio
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