A mudança dos tempos
sergiodonadio
Espairecendo pensares íntimos
De tempos idos na memória fraca
Falemos de nós, nossos princípios
De ordem vívida, já alquebrada,
De sonhos idos pela estrada,
De pedras brutas, desamontoadas,
De valores híbridos, desapegados,
De um tempo levado pelos passados
Inerentes às dores discordadas
De valores que se desfizeram
Em rajadas de fortes ventos
Na consciência desavisada...
Que dor é esta, que não se apaga
Nos dias frios das invernadas?
Que força é esta, que não se oprime
Ao som da janela alquebrada
De velhas persianas, deixadas
Em vãos de sonhos desninhados
D’outras forças, já destronadas?
São sonhos lindos, hoje enfeados...
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