Equívocos
O sol, hoje, é nuvem,
Atrás uma sombra de sua luz
Transparece entre cópias
De transparências,
O tempo, hoje, é sombra
Deste sol da manhã nevoada
Em dúvidas...
Questão de jeito
Talvez eu
seja
Aquela
pessoa
Que o
tempo não dobrou...
Talvez eu
tenha
Rugas
escondidas
Na barba
por fazer,
E faça por
acontecer...
Mas sinto essa dor
do tempo a vasculhar
Meus
conceitos
E talvez
não tenha jeito
Para
assumir toda dor
Que fiz
por merecer...
Encontro com a liberdade
Encarcerado
Aos pactos do velho dia
Olho à janela o pássaro
Revoando sua alegria...
A lembrança
Dos tempos vencidos
Traz ao hoje improvido
A noção de o ter perdido...
Quaresmeiro
De pós tempos festivos
Me entroso ao resmungo
Cansados egos revividos...
Agora anoitece
Feitios em geral inibidos
Em noites de muito frio
Nos avejões possuídos...
Sílabas
Com os pés amarrados
Aos problemas vividos
Exponho a necessidade
De o sonhado ao clivo...
Voamos nossos senões
Ao desabrigo de forças
Puxado ao coral de lira
Pela hora da despedida
Ouvindo o canto árido
Da figura deste insano
Clarim arado gradação
De tons acima velados
Deixados morrer antes
De o futuro ser olhado
Como início de o fado
Lagrimado na saudade
Da cantata feita maça
De conexa destinação.
Louvemos ao ameado
De notícia, desfiliação
Vivente ao nosso lado...
O solucionário
O tempo
É o patrão de todos nós,
Ele diz: mexa-se. E nós corremos.
Ele diz ajoelhe-se. E nós oramos.
E a dor do tempo é fatídica,
Desde uma queda na rua
À dor extrema de uma hérnia...
O tempo... O tempo...
Manda que nos distanciemos
Das curvas difíceis
E nos acomodemos à mesmice
De deitar o corpo cansado
De esperar privilégios...
Nenhum comentário:
Postar um comentário