Babando na gravata
Estes bêbados ilustres
Não caem pelas beiradas
Porque são bem ancorados
Nos puxa sacos eirados...
Obstáculos
O que enevoa a vista
É o conceito de pilastra
Sem noção de sua força
Essencialmente
desmedida...
Nada na vida é essencial
Depois da desmama da
mãe...
O triste do momento no IML
é
Ter o morto que provar-se
morto!
Inventário
Depois do crematório
Talvez eu caiba num
cinzeiro,
Mas ainda estou inteiro
De corpo e peso
Mais que a alma
Na balança da estrada,
A quem entrego minhas
culpas
Para aliviar a carga...
O paganismo levado a
sério:
Estórias demandadas
À beira do abismo...
As horas,
Fadadas a chorar mementos,
Se estraçalham em dobras
Como uma cueca usada...
O período
Talvez seja
Um bom motivo
Para a espera,
Esta oferta de prazeres
Simples
Como um copo d’agua
Na enxurrada...
O fim, enfim,
É apenas uma parada
Entre o tudo
E o nada...
há
um lugar
no
coração
que
parte
rumo
ao
infinito da palavra
Perdimentos
Perdi-me
Entre os sonhos vencidos,
Sem perceber a verdade
Entre firulas que
inventei...
Sim, me perdi no sonho,
A realidade cruelmente
Me admoestou sobre
Os enganosos projetos
Inacessíveis ao meu dia
De ser...
Conceitos
O tempo passa
Vagarosamente,
Filmando em cada mente
O instante vivido...
O sentimento de velhice
Empreende
Cada novo sentimento
Ao sabor do esquecido...
O tempo passa
Penosamente,
Acima dos sentidos
Relevantes
De cada momentoso
Invento...
Nenhum comentário:
Postar um comentário