Bola de meia
Ainda sonho ouvir
estrelas
Que vagam pela cabeça
Com zunidos de
operetas...
Desse ato auguro
festas
Entre quimeras e
faixas
De ofertas e
desofertas...
Caminho por essas
pedras,
Que plantadas em fileiras
Sabem o dom da
rasteira
Grama de nossos
dias...
Quem sabe possamos
Ouvir junto as
operetas...
São dias feito
futuros
De saudade das
promessas
Cumpridas de fio a
pavio
Nessa festa que é viver
O dia a dia sem
pressa,
Apenas vendo o sol
ir-se.
Que dia bom o
vindouro,
Quem sabe melhor que
o hoje
Que já melhorou os de
ontem
Por mera atualidade
Das coisas feito
saudades
Inda vividas na
mente.
Desovam galinhas
novas
Entre os cacarejos das
velhas,
Assim como menininhos
Assuntam o mesmo que
antes
Aqueles meninos
lances
Dos dias lerdos de
ir...
Mas aqui somos
parceiros,
Meninos e velhos
meninos
Ousando correr as
pipas
E as mesmas bolas de
meia
Daqueles tempos
pelados
Entre águas e labaredas...
Que fado é esse? Que
fardo
Carrega cada cabeça
Inda sonhando
acordado
Em ouvir as mesmas
estrelas
Que povoavam o
passado
E povoam o dia em
saudade?
Que tempo é esse que
tarda
Saber dos cabelos
brancos,
Das pernas frouxas e
lentas
Mais ainda procuradoras
Das mesmas sequências
Deixadas ser
verdadeiras?
Que sonho é esse
malgrado
As experiências
amargas
De tempos levados a
sério?
São meus sonhos seus,
Alertados para a
espera
Desses dias
futurados...
Que ruído é esse de
longe,
Trazendo esperanças
válidas
Para esse mofo das
coisas?
É o mesmo caminho de
Pedras entre riachos
frescos
E frescas esperas por
nadas.
Assim somos, a vida é
bela
Mesmo deixando
quireras
Nas pegadas
costumeiras
Antes no barro das
beiras,
Hoje no calço das
pedras
Pontiagudas e feras.
Nessa festa que é
viver
O dia a dia sem
pressa,
Apenas vendo o sol
ir-se.
Por mera
desatualidade
Das coisas feito
saudades
Inda vividas na
mente.
Ainda ouso sonhar
estrelas
Vagando pelas cabeças
Qual zunidos das
operetas...
Augurando por essas
festas
Como de vez primeira
De ofertas
desofertadas...
Assim sabemos a vida
bela
De quimeras e
quireras
Abrasando as esperas.
Ainda quero-me
sonhador
Entre as agruras a
auguros
De cada espinho uma
flor.
Nessa festa que é
viver
O dia a dia sem
pressa,
No por de vidas
abertas
Nas meras
casualidades
O vivido feito
saudades
No sonho, inda que
tarde.
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