Tempo
de manipulações
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) situou a atual taxa de desemprego no Brasil em apenas 5,3% em outubro de
2012 e mais recentemente em 5% em outubro de 2013. só não é menor que da Suíça
(3,1%) e Áustria (4,9%). além do IBGE, há também o índice do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos Como assim? Há 100% de
erro então? Quem está certo?(DIEESE) que situa o desemprego no Brasil em 10,5%.
Ninguém está certo! A taxa de desemprego é ainda pior. A metodologia aplicada
pelo IBGE é que o senhor que vende bala
é considerado empregado, o mendigo pedir esmola empregadíssimos segundo a
metodologia do IBGE. são considerados “Trabalhadores Não Remunerados”, sem
remuneração, porém, empregados é a definição do IBGE.Outro fato interessante,
se um indivíduo desiste de procurar emprego, ele não é considerado
desempregado, mas “desalentado”, e não entrará no cálculo do índice, Nessa
conta dos “desalentados” está uma parte dos beneficiados pelo Programa Bolsa
Família (PBF) que estão desempregados e decidiram viver do benefício, ao invés
de trabalhar, a maioria dos demais beneficiários em mesma situação estão como
“Pessoas Não Economicamente Ativas”. os beneficiários do PBF não entram na
conta do desemprego, mesmo que estejam desempregados, mas se estiverem
realmente empregados, logo, entram na conta do emprego. Dois pesos e duas
medidas. a pessoa não possui emprego, não quer mais trabalhar, é considerada
“desalentada”, não afetando a taxa de desemprego. Ou então, não tenho trabalho,
mas não sou desempregado. O Governo conseguiu criar uma nova categoria para
substituir o parasitismo. Nessa mesma categoria também entra quem está
recebendo seguro-desemprego, pois para o IBGE se está recebendo o seguro, não
está desempregado, só “desalentado”, mesmo que não tenha emprego.as pessoas que
não estavam trabalhando na semana da pesquisa, mas que trabalharam em algum
momento nos 358 dias anteriores e estavam dispostas a deixar o desemprego, como
“Pessoas Marginalmente Ligadas à PEA (População Economicamente Ativa)” e as
excluiu do índice (alguns beneficiários do Programa Bolsa Família estão
alocados aqui também). De novo, estão desempregadas, mas só por que não gostam
disso e querem trabalhar, não são consideradas desempregadas.as pessoas que
fazem “bicos” e recebem menos de um salário mínimo são consideradas
“empregadas”. Por exemplo, o indivíduo substitui um atendente em um posto de
gasolina por um final de semana e recebe R$50 por isso. Mesmo ele tendo
trabalhado só dois dias no mês e recebido menos de 10% de um salário mínimo, o
IBGE o considera “empregado”.A real taxa de desemprego no Brasil”,
Pessoas desalentadas desocupadas com rendimento/hora menor que o salário
mínimo/hora, marginalmente ligadas à PEA “Trabalhadores” não remuneradosCom
todos esses desempregados que ficaram de fora do índice o resultado é
assustador, ao invés dos 5,3% do IBGE (outubro/2012) e/ou dos 10,5% do DIEESE
no mesmo período, temos impressionantes 20,8% de desempregados no país.
Sergiodonadio.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário