Leio no poema
Ao pé dos olhos atentos
Espio a vida pelo veio...
Quando leio o poema
Expio a vida de permeio.
Esta página abriu-se nele
Tantas mazelas, algum zelo...
Olhando os olhos molhados
É impossível não sabê-los.
Segredos ditos à moita
Ao pé dos olhos desatentos.,
Por doer de fato prevê-lo.
Enquanto leio, folheio...
Expia a vida por alguém
Que não veio.
Demudes
O anteontem de mim
Se anima,
Seu futuro calvo e branco
(de um brejo d’alma)
Respira o ar condescendente
Dos amanhãs.
O anteontem de mim
Briga
Pela verdade esquecida.
Inerente
A todos os tijolos
Cobertos pelo limo,
Que nos une.
O anteontem de nós
Surpreende-se
Com a amplitude de futuros
(incertos)
Redesenhados no note book,
Demudando brejos
Em amanhãs.
A boina
Era quase um estorvo,
De lã para os dias frios,
Tinha-a como
Se tem saudade,
Sem querer.
Sem querer guardá-la
Pelos dias quentes,
Sem pensá-la moda,
Nem era novidade.
Era quase um estorvo...
Nesse frio de rachar
Que falta me faz
A boina e a saudade,
Guardadas a contragosto
No final de agosto.
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