Noticiários
A mente procura consolo
Nas coisas fúteis...
(inofensivas)
Ocasião em que os jornais
televisivos
Dão um tempo para a
propaganda,
Itens sem uso algum,
Mas que são mostrados como
imprescindíveis,
Naquele varal de
tranqueiras
Sobre a pia da cozinha
Ou dos banheiros,
Tão descartáveis quanto
As notícias de todas
mortes, (ofensivas)
Usadas como atrativos
válidos
Pelas trambiqueiras...
Passando pela (in)tolerância
dos atos,
Dos soldados aos
estupradores,
Que as telas mostram como
novidade
As coisas e as pessoas,
Que se tornam coisas
Na visão de apartes,
São os astros dessa
pantomima
De recados...
Os soldados e os bandidos
Mastigam maçãs enquanto
atiram
Nos que passam...
Os soldados e os bandidos
Escrevem bilhetes amorosos
Enquanto lavam o resquício
Do sangue, com sangue dos
coitados
Que inadvertidamente
Passam à sua frente
No exaspero do momento.
E ferem a alma com tal
desplante
Que nem se sabem chegados
Ou retirantes...
A mão sobre o peito
Está perto do coração...
O mais que foi possível.
Se não sei porque
A pessoa fez o que fez,
Porque vou dizer que
Não deveria ter feito?
.
Sob a visão opaca
O mundo ri do nada,
Alguém tropeça e cai,
Alguém se esguicha água.
Lambrequins
O romantismo externado
Em madeira de lei
protegendo
Do destempero do tempo,
Pondo o passado
presente...
Janelas
fechadas
Seres recalcados...
Eles existem!
Na pele de quem rouba
E de quem é roubado.
A violência leva à
violência...
Quase apanho quando o
digo,
Repetindo o mesmo susto
A cada “menino” preso
Ao crime desorganizado...
Quando vejo esses achaques
De pequenos vergados
Penso em quem amestra
E quem é amestrado...
Seres desumanizados...
Eles existem!
Na pele de quem farda
E de quem é fardado.
Talvez eu seja
Menos do que sou...
Porque ao ser
Deixo de sorver
O que seria
Se não fosse.
Numerologia
O que dizer
Do número certo?
O que daria certo
Emendado o verbo?
Discípulos
de Diógenes
Talvez estejamos
diogenesando,
Procurando com lanterna,
alguém
Cuja honestidade seja
transparente...
Dizendo bom dia às
estátuas
Representativas desses
procurados...
Vivendo das sobras deles,
como o cão,
Servindo a duas bandeiras
opostas
Sob o mesmo distrato da
verdade...
Talvez estejamos
procurando
Algo que a lanterna
apague.
sergiodonadio.blogspot.com
Editoras: Scortecci, Saraiva.
Incógnita (Portugal)
Amazon Kindle, Creatspace
Perse e Clube de Autores
Editoras: Scortecci, Saraiva.
Incógnita (Portugal)
Amazon Kindle, Creatspace
Perse e Clube de Autores
Nenhum comentário:
Postar um comentário