Domados
Ao sol dessa pintura de guerra
Logo pela manhã fática do dia D…
Nos acomodamos no colo da cama
E nos deixamos levar pelas notícias
Desse dia ceivado de agonias…
Tempo de eleger novos mandantes
Dessa esbórnia de filamentos?
Tempo de guerrear nossos talentos
Pelas bordas das alegrias mortas?
Em pleno dia as camas chamam
Para o silêncio de há pouco quando
Dormiam as ofertas de regalias…
Somos complacentes ou cúmplices
Do mal amanhado em nossa mesa?
Abandonados pelas dionisíacas
Ofertas de antes dessa pantomima
Enervamos a estrada larga da ida
Na volta estreita, sem saídas…
A manhã, e seus assustadores
Fios de luz sobre nossa mesa,
Mostra-nos a paz das flores,
Seu
verde e branco expostos
Ao
vento que vem de ontens,
E não
percebemos diferenças
A não
ser em nossas frontes…
Durante
a noite seguramos
A
esperança em nossos sonhos,
Como se
não estivéssemos
Nesse
reino de loucos matinais,
Que nos
fazem tremer o susto
De
outra vez sermos mortais.
Esse
discurso envenenado,
Esse
olhar de ódio sobre ruas
Que se
desfazem em praças
De uma
guerra que nem é sua
É a
conversão dos males
Numa
verdade crua e nua.
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