A cordilheira dos
sonhos
A cordilheira dos
sonhos
Que se ergue
Em nossa esperança
Atrai o inusitado
Poder de
barganha...
Troca valores por
dinheiros,
A paz pela
concorrência
Desabusada...
A cordilheira dos
sonhos
Sobeja pilares
falsos,
Sem noção do que
perde
Em ações
predatórias...
A cordilheira dos
sonhos
Sobre estacas
movediças
Afunda-se nos atos
falhos
De parada
comezinha...
Atritos
Este atrito
Entre a guerra do gora
E paz do ter sido,
O planejado
improviso,
O choque de
reviver
A saudade do
vivido...
Variantes
A variante depende
da pedraria
No leito do rio a
guiar seu passo,
Assim nos
encontramos
Nesta encruzilhada
do tempo...
Tempos vorazes e tempos
lentos,
Tempos maduros e
tempos imaturos,
Cargas pesadas em
corpos curvados,
Na encruzilhada
nos vemos tontos
Trombando em
ofertas e enganos,
Mais socorrer que
ser socorridos,
Apenas tentando
sorrir aos erros
Perpetrados pela
ingerência
De nosso passado
em nosso futuro...
A variante depende
da pedraria
No leito do rio a
guiar seu passo,
Correndo ao sabor
do vento
Enfurnado
Nossos fantasmas
Nos acompanham
Desde sempre,
Das manhãs frias
Às tardes
quentes...
Alguém me disse
Que eu estava
certo
Quando eu me
achava errado
Encanta ver quanta
alegria
Pode haver no
silêncio...
A flor que murcha
renascerá
Numa próxima
primavera...
As crianças
crescem,
Mas nas lembranças
Continuam a
trançar
As tranças...
O tempo passa
E se esgarça
Em milhões
De tempinhos...
Irrelevantes?
Mas quando
Se unem
Tornam-se
Avalanches...
O que cabe dizer
Nesses fins de
anos?
Que, embora passem,
Ficam tamanhos...
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