Carpe diem, diem perdidi...
No comando dos
desejos para o ano que se inicia é preciso perseverança no que se espera deste
momento de cada vida, consciência do que se deseje continue e do que se deseje
mude. Mudar em planos é a parte fácil, botar fora quinquilharias, dos objetos
às ideias, já não é tão fácil, pois o que se joga fora é irreversível na
recolha no mesmo estado de antes, tanto objetos quanto sentimentos. Para meu
ano novo formulei um esquema: Por onde começar? Pelos desejos deixados na
gaveta do ano que se fecha. Abro a gaveta, está abarrotada de indecisões,
simplifico mensurando as alcançáveis diante das inalcançáveis, das alcançáveis por
que mofaram na gaveta? Das inalcançáveis
por que ainda estão aqui? Para esta divisão de sonhados preciso saber o que me
faz mais falta para o novo ano! Talvez a simplicidade de olhar os pássaros pela
janela, catando gravetos, um de cada vez, e construindo ninhos. Vou por aí,
catar gravetos de ideias e costurar os trezentos e sessenta e cinco dias à
frente, um de cada vez...
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