Rachas
É preciso dizer que
A mesma coisa não é
A mesma coisa...
Eu andei pelas estradas
Cimentadas, sinalizadas,
Mas nunca foram iguais
Ontem ou depois.
É preciso saber,
E os meninos não sabem,
Que o cimento do trecho
Desfaz-se ao frisson
E os pneus ao peso
Da fissura...
E a fissura é o
interstício
Da criatura.
Bobagem? Mas...
A mesma coisa
Não é a mesma coisa
Em outra altura.
Sergiodonadio.blogspot.com
Sentença
Soneto a seis mãos
Sergio Donadio, Edmilson Magrão e Walter Morais Júnior
Quando é tarde pra poesia
é cedo pra resignação,
é o medo estampado nos olhos
é a vida pedindo perdão...
como areia escorrendo das mãos
e a saudade dizendo que não.
Tarde pra poesia e
também para a paixão!
enigma indecifrável para cada
ação
Inexorável movimento uniforme
embora inalienável decisão
Conforme o atalho , o viver
Um disforme espantalho da
razão
É areia escorrendo da mão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário