Governo de Programas
Este programa Mais Médicos lembra o Programa Atitude,
desenvolvido pela Secretaria de Estado da Criança e da Juventude
em parceria com dez municípios paranaenses, criado para superar o ciclo de
violências contra a criança e o adolescente, ofertava proteção, esporte,
cultura, lazer e qualificação profissional aos jovens, crianças e adolescentes.
Foi proposto devido à necessidade de intervenção sobre os fatores de risco à
violência, no sentido de consolidar uma rede de proteção à criança e ao
adolescente, garantindo o acesso aos serviços de saúde, educação e assistência
social para famílias em situação de vulnerabilidade social.”
Pois bem, o programa contratou
200 profissionais, entre sociólogos, psicólogos, educadores e outros, por um
ano, prorrogável por mais um ano, coincidentemente findando após as eleições.
Passando aí a (dês)continuação dos projetos para as prefeituras. Acontece que
essas 34 comunidades arregimentaram milhares pessoas com atendimentos diversos,
diga-se quase sem respaldo das prefeituras à altura das verbas liberadas desde
o inicio. Intervieram numa gama de situações de desamparo familiar, criaram
situações de sociabilização inéditas nessas comunidades. Vencido o contrato prefeituras
desmontaram o processo, desligando profissionais das áreas, encerrando um
trabalho de dois anos, deixando meninos e meninas que estão tomando um rumo em
suas vidas amargas, sendo decepcionados outra vez, por pessoas em quem eles
depositaram confiança, entregues às garras de traficantes e à fuga aos
policiais (que, grosso modo, não estão preparados para lidar com tais
situações, tratando esses adolescentes sem rumo, por suas situações de
desamparo, como bandidos escolados nessas trincheiras). Esses adolescentes são
buchas de canhão para veteranos fugitivos de polícia. De resto essa
desmobilização deixa em vacância carros, computadores, bibliotecas, entre
inúmeros itens que, na maioria das vezes se esvai nos esquecidos porões da memória.
Voltando ao Mais Médicos, programa
criado em 8 de julho de 2013 com prazo contratual de TRES anos,(prorrogável
sim, conforme conveniências) há que se ligar o intuito eleitoreiro dos dois
programas, pela coincidência de criações, já que o déficit de profissionais da
saúde vem de longe, por que o governo, em todas as gestões, não o fez antes?
Por que não a mesma atenção à precariedade das instalações hospitalares nesses
rincões desprovidos de tudo? Passadas as eleições finda mais um contrato.
Salientando que esses médicos, os cubanos, maioria contratada, tem seu
passaporte confiscado, seu pagamento desviado, afrontando direitos de nossa
Constituição!
Dúvida de leigo: Consta que no
Brasil temos mais cursos de medicina que nos EEUU, mais de duzentos cursos
contra pouco mais de cem cursos lá. País notoriamente
Mais aquinhoado financeiramente,
com maior densidade demográfica, mais extensão territorial... E muito menos
avacalhado. Seria esse o ponto?
Segunda dúvida: Por que está
obstruído o projeto que estabilizaria a situação do profissional como carreira
de Estado, e não de um governo, que diminuiria a vulnerabilidade dos contratos
para quem se habilita ir para esses rincões? Como também se obstrui como
projeto de Estado (não sujeito a qualquer governante) a tal bolsa família e
outros benefícios da mesma cesta anti miséria.
Quem há de responder por esses
disparates administrativos, que dói ver passar aos olhos vendados das
autoridades “competentes”?!
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