Diria Jesus:”eu trago a verdade” eu digo:”eu trago a
minha verdade” copiando Quintana. Porque a verdade em que acredito, talvez,
seguramente, não será a tua verdade em todos os pontos. Assim me desculpando
antecipadamente, convido–os a meditar
sobre o sermão da montanha, donde apreendemos lições proficientes, ensinadas há
dois mil anos e atuais no seu sentido maior de regrar a conduta da vida. Se
conseguirmos levar a sério as palavras de Jesus, quando diz que devemos dar a
outra face quando nos baterem na direita, em vez de retrucar, como no “olho por
olho dente por dente”e fazer as pazes com adversários enquanto estamos a
caminho com eles, esquecendo as ranhuras, e, que devemos dizer sim quando a
resposta for sim, e não quando for não, sem titubear. Que não devemos alardear
a esmola dada, às trombetas, que não sejamos hipócritas como os que gostam de
rezar empertigados, nos templos e esquinas, mas que rezemos em silêncio, nos
nossos quartos, de portas fechadas, que o Pai está presente nos lugares ocultos
e ouve intenções. Que, ao rezar, não multipliquemos as palavras, a oração que
nos ensina traz sete petições, as três primeiras visando à glória de Deus, as
outras quatro os nossos interesses espirituais e temporais, ou seja:”Pai Nosso
que estás no céu, Santificado seja o Teu Nome”que Deus deve ser respeitado e
venerado.”Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia”que visa a conservação da vida
corporal.”Perdoa-nos as nossas ofensas assim como perdoamos os nossos
ofensores”a miséria moral que oprime é pior que a indigência material e a
condição para obter o perdão é o perdão aos nossos inimigos.”E não nos deixe
cair na tentação mas livra-nos do mal”tentação é provação, contratempos da vida
e sedução pecaminosa da concupiscência.e, finalizando com o “amém”, que vem do
hebraico,”assim seja”,rogando ao Pai que conceda o pedido em oração.
Por fim, que: “É preciso olhar os lírios no campo e as
aves no céu, que crescem sem se afadigar ou fiar, sem juntar ou ambicionar, e
nem por isso tiram um côvado à duração de suas vidas”. Se conseguirmos viver com
a bondade no coração, seremos dignos da companhia deste homem, que viveu
segundo tais princípios e não cedeu, mesmo condenado por sua crença, à força
dos poderosos. Os poderosos de então sucumbiram à história, e Jesus, o
aniversariante, permanece nos corações dos cristãos. Que assim seja para
sempre.
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