Desatinados
Os males se alimentam
De momentos...
Mementos...
Assim a vida transpassa
A fome de outras fomes,
O que seria ser homem
E é traça.
Os males curtem derrotas,
As viagens não planejadas,
As campanhas desatinadas
De uma outra forma oculta
A raça de outras raças...
De nadas.
A missão viajeira termina
Onde o dia se espraia,
São marmitas e latrinas
Entre famélicas carcaças
No anoitecer da mesmice
Sem graça.
Dissos e daquilos
Duramente consumível
No limiar da minha história
Sei-me capaz de ser visto
Como não seria eu de ser...
Nem isso nem aquilo,
Apenas a imagem perdida
Em algum parecer em juízo...
Em este meu ser o siso
Levado a apreender que
Além dissos e daquilos
Sou o que posso entender
Com sendo e tendo sido
Lembranças... Foto, visto
Por parte de um espírito
Pronto para renascer...
Contido? Levado a isso
Pelo último sentido
De o tempo espairecer.
Sergiodonadio.blogspot.com
Editoras: Saraiva,Perse,
Incógnita Portugal
Clube de Autores, Amazon
Kindle.
Sobre os cacos
Sobre o tapete os cacos
De uma memória
Espelham-se em manchas,
Cada uma de um acontecido,
Grave? Esquecido?
Indefinido...
Sob o tapete a alma deita-se
Entre os cacos e o suspense
Do próximo jarro a quebrar-se...
Dizendo-se inquebrável
Até o último momento.
Sobre o tapete
a memória
esfarela-se em partes,
Como um vitral
às avessas,
Formado, além
das cores,
Da peça o
choro de velas...
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