Teus
medos
De tua
cara em negro
Faço-me
teu segredo
Que não
comporta
Impedimentos,
Na fase
das fazeduras
Sou teu
primeiro medo,
O que
frequenta teus sonhos
Desninhados
hoje
Frente
ao itinerante passo
De
arremedos...
Seria
lícito superar
Novos
degredos
A cada
teu novo medo?
Quando
tinhas asas
Quando
tinhas asas
Voavas
teus sonhos...
Enquanto
meditavas.
Com o
trampo forte
Perdendo-as
Nas
responsabilidades
De
novos tempos
Sobre
ocasos distraídos...
E
nada... Nada disso sobra
Para o
dia vindo agora,
Sem
apelo à força
Acreditada
destino.
Somos
mesmo racionais?
Mas me
parece que outros
Sabem
melhor que nós
Admirar
os sóis das manhãs...
Ah, o
belo verso
Tornou-se
o
Na
perseverança
De
rele-lo...
Cemitérios
floridos
Certas
coisas
Não
mudam,
Cemitérios
floridos,
Ruas
sujas,
Praças
e seus mendigos...
Mesmo
que a cidade
Cresça
E seus
novos meninos
Se
embebedam...
Sem
novidade,
São
cinquenta anos
De
boemia,
A
cidade e seus habituais
Morcegos,
Que
dormem
De
cabeça pra baixo
E suam
no inverno
Seco...
O
trampo
Passamos
a noite,
Mal
dormida,
Pensando
o trampo do dia
Seguinte...
No dia
seguinte, hoje,
A força
do itinerário
Pôs-se
a gerir os passos
E os
gestos domados...
Tomamos
da força
A força
de cumpri-los
Embora
contrariados
Pela
preguiça da manhã
Acordada
ser breve
Exílio...
Tempos
fechados
Às
vezes a gente gosta
De
esconder sentimentos...
Há um
relento entre ofertas
E
detrimentos.
Às
vezes a gente expõe
As
vísceras, que, expostas,
Refazem-se
em ventos...
Às
vezes um pássaro
Sai de
nosso peito
E
canta...
Assim
como cantam os pássaros livres,
Não
como o choro dos pássaros presos.
Às
vezes o tempo muda
Dentro
de nós, abruptamente,
E nos
pega sem guarda chuvas...
E está
chovendo.
Puro
sem gelo
A paz
deste momento
Me
acaricia...
Sei-me
novo frente ao ontem,
Amanhecido
hoje
Novo
dia...
O elã
que se forma em torno
Diz-me
coisas que não sabia,
Sei-me
assim desfeito em iras...
Em todo
o dia embebido em poesia,
Puro,
sem gelo, sem fantasia,
É a
espera que sonhava vinha
Desse
momento, embora seco,
Pura
euforia.
Eternos
indigentes
Os
pássaros estão cantando,
Os cães
estão ladrando,
Os
gatos estão observando
Ninhos
deixados à mercê...
Só as
pessoas estão dormindo
Nessa
hora da manhã,
Véspera
de domingo...
Amanhã
haverá eleição,
Que
tanto faz para os cães
E
pássaros e gatos e mendigos...
Apenas
pensantes preocupam-se
Com o
resultado deste domingo.
O dia
amanhecerá o mesmo
Na
segunda feira, como sempre,
Mas
será diferente para pessoas
Que se
puseram a escolher
Seu
próximo matador.
Aos
pássaros e cães e gatos
Isso
não importa,
O que
importa a eles
É fugir
dessa dor.
Vejo
tudo com bons olhos
Porque
meus olhos
Não se
perdem
A
acompanhar maus olhados...
Quintantes
A
distância dos astros
E sua
visão acima do horizonte
Faz-me
observador das arestas
Desse
sol posto antes...
Doce
vima
Plantamos
palavras
Como o
caboclo
Planta
sementes,
A
colhedura pode seja
Fruta
doce ou jiló amargo,
Mas
será colhida ao gosto
Do
plantado...
Prestemos
atenção ao dito
Cada
vez recitado explícito,
Será o
mesmo fruto de antes
De que
seja escrito?
Plantemos
palavras doces
Mesmo
que a dor as inspire duras,
Façamos
dessa colheita
A paz
semeada em leiras
Feitas a
cabo de enxada
E
caneta... E esperemos...
Que se
frutifique bonança
A cada
regada feita
Nos
fins das tardes
Lavradas
videiras...
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Para
impressionar
Mendigos
vestem trapos
Para
impressionar?
Novos
artistas se despenteiam
Para
impressionar.
Pastores
vestem roupas fechadas
Para
impressionar.
Padres
usam colarinhos brancos
Para
impressionar.
Advogados
vestem ternos pretos
Para
impressionar.
Juízes
vestem-se togados
Para
impressionar.
Mendigos
vestem sujos
Porque
é o que dá!
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