Quando as palavras
se sabem
Quando palavras se
sabem
Sobre esta folha
em branco
Tão-só as ordeno
em versos,
Logo não são meus
versos,
Palavras que se
oferecem
Ao sacrifício da
senescência
Sob o manto da
imaginação,
Aí somos parceiros
mornos,
Elas fortes, eu em
fraquezas,
Perambulamos por
alameda
Pois nos sentimos
parceiros...
Talvez de tudo, ou
de nadas,
Neste momento de
solve-las
Dentre azáfamas
estreitas.
Enxerto
Talvez não caiba
em mim
Viver essa outra
vida,
Sou o que me fiz
Sem tempo para
guarida...
Entretêm-me em
vasculhar-me,
A conhecer-me
intimamente,
Sei-me assim plantada
semente,
Sei-me fruto desse
passado presente.
O tempo é inexorável
Faz-te pensar-se
novo sempre.
Talvez não caiba
em mim
Esta semente...
Treinagem
Treinei-me
Para ser utilitário
Num mundo
Feito de
utilidades,
Onde cada
profissional
Professa o que bem
sabe,
Aprendi a fazer
Coisas descartáveis,
Assim fiz-me
poeta,
Sou mais nada
Do que pensara ser
Por ter sonhado
Entre projetos
novos,
Ultrapassados...
Nenhum comentário:
Postar um comentário