Aprendimentos
Aprendo a viver cada momento,
Desobstruir todo mal pensamento
Na espera pela volta da esperança
Crendo na palavra feito criança...
A lembrança é o susto de ontem,
Revigorado na ascensão de hoje,
Os lassos discorrem à meia idade
A relembrar tropeços em passos
Deixados em rastros sangreados
Sobre pedras pisadas de passados
Em formatos sutis às decepções
Dada a desaconselhada cincada
Sofrida nas perpetuações aladas
De asas frágeis à voluta enseada
Tempo de esquecimentos
Depois de décadas vividas
Entre paixões sobrepujadas
Esquecer insanos atropelos
É quase erosão ressequida...
Aqui somemos os males
Distribuídos em halos
De forras desinibidas...
Tempo de esquecimentos
De taxas fósseis das idas
Aos quintais de petrinas
Avoadas de seios ilhados
Em torno de nossos atos
Desatados de aços latos
De outras telas revividas
Memórias
Me esqueci das palavras que
Tenha dito em épocas furtivas...
De quando em quando alertava
A memória de datas festivas,
Mas não lembro desses dados,
Escritos à revelia das verdades,
Hoje dessumidas realidades...
Esqueço do que comi de manhã,
Esqueço do que extraí de setas,
Mas deixo minha fraca memória
Escrita em palavras verdadeiras!
A alma não envelhece, suspira
A febre do corpo doente, e reza
A amainar a dor lítica da mente
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