segunda-feira, 20 de agosto de 2012
pastejos
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Nesses meses outonais a vida corre,
Escorre pelos anais das esperas mansas,
Carneiros continuam construindo lãs
A pastejar os vales verdes
Das esperanças...
As coisas estão certas,
Cada uma em seu lugar avistando
Tardes brancas, marambaias joviais
Chegando ou partindo nelas
Sem medo de não voltar.
O sono de ontem acorda vozes,
O silêncio estava tranqüilo...
Mas retorna o menino da feira
Fissurando os carretos apressados
Desses tempos criança...
Nesses tempos a vida dança
A dança dos trigais, entre rezas
E chuvas longas, estreitos vendavais...
Quem pode surrar as dores
Se a dor já não dói mais?
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