Do
livro na hora do silêncio
Santos
dias
Homenagem
aos cordelistas
Quantas
vezes a vida passa
E
nem sabe que passou?
Quantas
vezes o homem chora
E
nem sabe que chorou?
Quantas
vezes o sonho acaba
E
não viajou, e, se viajou
O
barco perdeu a onda,
A
onda o navegador...
Quantas
vezes o dia clareia
A
noite que clareou e
Mostra
a paz na guerra, que
Metafórica
se mostrou?
O
dia foi, não acabou,
O
retireiro fez sua hora
Que
a hora o fez doutor e
Quanta
esmola esmolou?
Quantas
vezes o dia rola
Seu
rolo compressor, e,
A
paz tornou-se guerra e
A
guerra em paz gerou?
Quantas
o amor não chega
Nas
vezes em que chegou.
Todas
as vezes somadas
Em
uma só se tornou
Trazendo
remorso e saudade
No
tempo de tanta dor
E
com a morte a pessoa
Em
santa se transformou
Porque
a morte perdoa
Erros
que a vida alimentou
Nas
tantas vezes varrida
Por
baixo do cobertor.
O
dia já foi embora
Nem
sabe que acabou.
Às
vezes o homem chora
O
menino que chorou.
Na
noite que sonha acaba
No
dia que não acabou,
Finda
a sua hora de mágoa,
Veste
sua hora de andor.
Sergiodonadio.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário